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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

DONA FLÔR E SEUS DOIS MARIDOS - A SÉRIE

Sinopse: A adaptação de DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS fez mais do que dar ao romance baiano de Jorge Amado um tempero estrangeiro, pero latino, de realismo fantástico (o que seria uma banalidade apenas); deu a ele a dimensão de mitologia pura. É isso, aliás, que sustenta o exagero central da adaptação, o de misturar automóveis dos anos 70 com telefones dos anos 90 e roupas de sabe-se lá quando: na mitologia de Dona Flor, a mulher que resgata o marido da morte, o tempo já não importa, já não passa, mas permanece ali, como um oceano. O recurso da eternidade forçada resultou especialmente poderoso na televisão, que tem por natureza o poder de não deixar morrer o passado.
É uma delícia entregar-se ao torpor, quando Giulia Gam (a Flor) aparece sorrindo, encabulada, a um Marco Nanini como farmacêutico Teodoro, a um elenco bem distribuído. E assim é Donna Flor, uma baiana antiga, muito antiga, que não esmaece nunca. Oxalá, meu pai. Que Vadinho, que nada. Somos todos seus maridos.
Diretor: Mauro Mendonça Filho
Elenco: Giulia Gam, Edson Celulari, Myrian Muniz, Lília Cabral, Walderez de Barros, Otávio Augusto, francisco Cuoco, Lúcio Mauro, Milton Gonçalves, Tássia Camargo
seriado/comédia - 342 min. - 1998 - BRA

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